E para que servem todas estas coisas?
Os livros, filmes e músicas?
Nos livros aprendi a me sensibilizar através da palavra escrita.
Refiz mundos, atravessei penhascos, fui vilã e fui mocinha, nobre e plebeia, monstro às vezes, princesa noutras, e coadjuvante nas demais. Refleti sobre quem sou e quem quero ser.
Observei o mundo à minha volta e vi o quanto de mim ainda falta para preenchê-lo de fato.
Repeti versos que não eram meus, mas não como quem se apodera do é do outro, mas como quem exalta o que já foi divinamente escrito.
Nos filmes me transcendi. Dentro de universos nada semelhantes ao meu vi meu reflexo.
Senti o mesmo aperto no peito, a loucura, o medo, a paixão, a ira, os ciúmes, a dor de cada personagem, sem discriminação.
Por fim, nas músicas me encontrei. Em acordes distintos, timbres agudos e graves e letras das mais diversas, me enxerguei.
Senti cada momento, cada compasso, cada fala e, principalmente, cada sentimento transcrito nos mais belos versos cantados.
Nem sempre alegres, nem sempre tristes, mas sempre verdadeiros.
E quando perguntarem novamente de que servem todas estas coisas diz-lhes isto ou resume: São o que traduzem o mundo de cada um à sua própria forma.
Isabela Santiago
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